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sábado, 27 de dezembro de 2008

Um convite a rever o Brasil


Os anedóticos e muitas vezes hipócritas críticos brasileiros de cinema construíram novamente uma imagem irreal sobre um filme. Desta vez, o nome da pérola é Gomorra, que trata da máfia italiana. A película é baseada no livro do escritor e jornalista italiano Roberto Saviano sobre a Camorra.

Falaram tanto sobre a máfia italiana. Tanto... que até eu mesma comecei a pensar que fosse ter calafrios durante a projeção do filme. Não, ao contrário, sai com a impressão que ninguém no mundo tem idéia do que ocorre aqui no nosso Brasil. Poderia ter saído da sala impactada acreditando que jamais imaginaria uma barbárie igual àquela, mas antecipo que Cidade de Deus é sem dúvida muito mais chocante, muito mais próximo e muito mais real, em que pese as cenas idílicas da praia (Tudo bem é filme e não documentário). O que quero dizer é que para qualquer brasileiro trabalhador que esteja atento ao local onde mora e a própria vida que leva, verá o filme Gomorra como algo quase propício para passar na sessão da tarde.

O filme em si é de uma lentidão desnecessária. E 40 minutos a menos não lhe fariam mal.

Nossa arte está tão empobrecida e covarde que mesmo este tipo de filme que parece a primeira vista corajoso ratifica a nossa impotência diante da barbárie real. Tais filmes sempre param no problema em si e nunca vislumbram uma saída. O diretor se sente bem em mostrar o mal, mas ninguém se atreve a arriscar uma cura global.

O que a máfia italiana tem que as outras não possuem é experiência e amplitude de mercado. Isso é inegável, mas todo mundo já sabia também. Não seria preciso o filme. O livro deve ser mais completo. Mas sinceramente...será que precisamos olhar lá para a Europa para ver estas coisas que conhecemos tão bem por aqui. Alto ou baixa costura, os bolivianos são explorados no Bom Retiro e no Brás por coreanos. As periferias de nossas cidades perdem os garotos e garotas as centenas para o tráfico. Aviões com destino certo: a morte prematura. Os sonhos desta garotada nem existem. E isto sim é desolador. E ninguém fala sobre isso.

Desolador é ver como os irmãos Lehman estão muito bem enquanto jogaram milhares de trabalhadores na maior bancarrota da história do modo de produção capitalista.

Ah! o capitalismo...nenhuma palavra sobre isso.

Um comentário:

olhodopombo disse...

Não desista do seu sonho.
existe um ditado que diz
"agua mole em pedra dura tanto bate ate que fura",
e eh muito verdadeiro este ditado.
feliz 2009!

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