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sábado, 27 de dezembro de 2008

Um convite a rever o Brasil


Os anedóticos e muitas vezes hipócritas críticos brasileiros de cinema construíram novamente uma imagem irreal sobre um filme. Desta vez, o nome da pérola é Gomorra, que trata da máfia italiana. A película é baseada no livro do escritor e jornalista italiano Roberto Saviano sobre a Camorra.

Falaram tanto sobre a máfia italiana. Tanto... que até eu mesma comecei a pensar que fosse ter calafrios durante a projeção do filme. Não, ao contrário, sai com a impressão que ninguém no mundo tem idéia do que ocorre aqui no nosso Brasil. Poderia ter saído da sala impactada acreditando que jamais imaginaria uma barbárie igual àquela, mas antecipo que Cidade de Deus é sem dúvida muito mais chocante, muito mais próximo e muito mais real, em que pese as cenas idílicas da praia (Tudo bem é filme e não documentário). O que quero dizer é que para qualquer brasileiro trabalhador que esteja atento ao local onde mora e a própria vida que leva, verá o filme Gomorra como algo quase propício para passar na sessão da tarde.

O filme em si é de uma lentidão desnecessária. E 40 minutos a menos não lhe fariam mal.

Nossa arte está tão empobrecida e covarde que mesmo este tipo de filme que parece a primeira vista corajoso ratifica a nossa impotência diante da barbárie real. Tais filmes sempre param no problema em si e nunca vislumbram uma saída. O diretor se sente bem em mostrar o mal, mas ninguém se atreve a arriscar uma cura global.

O que a máfia italiana tem que as outras não possuem é experiência e amplitude de mercado. Isso é inegável, mas todo mundo já sabia também. Não seria preciso o filme. O livro deve ser mais completo. Mas sinceramente...será que precisamos olhar lá para a Europa para ver estas coisas que conhecemos tão bem por aqui. Alto ou baixa costura, os bolivianos são explorados no Bom Retiro e no Brás por coreanos. As periferias de nossas cidades perdem os garotos e garotas as centenas para o tráfico. Aviões com destino certo: a morte prematura. Os sonhos desta garotada nem existem. E isto sim é desolador. E ninguém fala sobre isso.

Desolador é ver como os irmãos Lehman estão muito bem enquanto jogaram milhares de trabalhadores na maior bancarrota da história do modo de produção capitalista.

Ah! o capitalismo...nenhuma palavra sobre isso.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Fetiche do celular, um encanto infantilizante

Há alguns meses discutimos em sala de aula o fetiche, segundo Karl Marx, um fenômeno próprio da sociedade capitalista em que a mercadoria (trabalho morto, já realizado) passa a ter maior importância que o trabalhador (trabalho vivo) que a produziu. Ou mais simples: quando a coisa adquire vida e o seu criador passa a ser o apêndice, o morto no sentido daquele que é conduzido pela coisa.
Com uma campanha publicitária feroz, uma nova empresa de telefonia celular adentra o Estado de São Paulo prometendo três meses de ligações grátis com uma exclusiva condição, a compra do chip. Não sei quanto custa o chip, mas sei quantas pessoas estão diariamente há cerca de três semanas aglomerando-se num pequeno quioesque próximo a catraca que dá acesso à estação Tatuapé (Zona Leste). É simplesmente inacreditável que haja tantos seres com tanto tempo disponível para ocupar, após o término da fila, falando, em geral, asneiras com outro qualquer do outro lado da linha.
Talvez aqueles que abandonaram o transporte público coletivo não saibam do que se trata, e imaginem mesmo que meu desabafo é até mesmo preconceituoso. Pois, nada disso é verdadeiro. A comunicação entre seres humanos continua muito ruim. As pessoas continuam não se entendendo, porque cada vez mais têm dificuldade em expressar seus desejos e suas intenções. E quando o fazem, acabam manifestando de forma ímpar a grosseria da comunicação que não se estabelece. No entanto, a compra de um chip parece ser ou estar travestida de alguma magia. Falar três meses de graça pelo celular vai arruinar de vez a qualidade do transporte público coletivo onde o bom senso pode ser considerado expressão banida até mesmo das novas normatizações do nosso idioma.
Além da não comunicação com o outro; do incômodo com os próximos seja pela fala com o outro, seja pelo som absurdamente alto destes novos imbecis; tem-se ainda o fascínio pelo equipamento, principalmente entre homenzarrões que freqüentam (ainda não baniram o trema, estou aproveitando) o metrô e passam distraidamente dezenas de minutos com seus equipamentos fálicos, bolinando as teclas num gamezinho, enquanto namoradas, esposas, amigas, olham as moscas. Onde está a comunicação real? Talvez assim que estas mesmas pessoas se distanciem dos homenzarrões, estes se lembrem de pegar o celular e ligar para elas. Mas enquanto elas estão ali próximas a eles, nada disso se materializa.
É natural que eu reclame, mas me sinto sendo vencida todos os dias. Num verdadeiro turbilhão de bobagens que se reproduzem muito mais velozmente que os vírus.
Quem aceita o desafio de andar de metrô pelos próximos dois meses, vai saber do que estou falando. Quem não aceitar, não reclame!
Gislene Bosnich

terça-feira, 28 de outubro de 2008

O tempo urge... enquanto isso, na sala de justiça

Desde que as Olimpíadas acabaram estou para postar uma nova mensagem. Um balanço. Um balanço sobre a expressão da retomada do capitalismo em Cuba, que a fez pela primeira vez estar distante das primeiras colocações. O gosto da barbárie. Pena, mas a retomada já vem de longe. Mas o tempo deste post já passou... e o rascunho que fiz, ainda incompleto, já perdeu um pouco do sentido.
Depois, vieram as eleições, mas estas mesmo não empolgaram ninguém. Aliás, já faz tempo que eleições não empolgam ninguém. A última vez foi com Lula em 2002 e antes, talvez, em 1989.
Antes que as eleições terminassem poderíamos descrever os trágicos e pitorescos casos de machismo explícito (na tela e fora dela) e de sociopatia com pai esquartejando filhos, seja na cidade de São Paulo ou por aí no mundo. E jovens matando seus amigos nas escolas da Finlândia ou na Barra Funda paulistana. Mas a dinâmica do tempo seguiu implacável e não poupou meus afazeres. Na correria, boas reflexões viraram apenas intenção.
Finalmente quando a aparência parece querer enganar... as bolsas desabaram, os bancos quebraram e os Estados - não os unidos -, mas os Estados Capitalistas estenderam a mão, não a invisível, que de fato não existe, mas a mão da arrecadação pública, para mais uma vez socorrer os ricos. Em todo mundo o neoliberalismo cheirava mais mal que o de costume.
Mas também não pude comentar com o devido rigor. Virou aula, virou som, que as ondas levaram.
Ontem, dia 27 de outubro voltando da casa de amigos, vi muitos guardas municipais cercando um já apreendido carrinho de ambulante com frutas. pensei: Frutas Piratas? Não, as frutas não podem ser piratas, podem ser transgênicas, mas não piratas. Ah! sim, o camelô não paga imposto para vender frutas. Mas por que tanta intransigência num país que nem iria sentir a crise e já liberou mais de 160 bilhões de reais (ou seriam dólares?) para os 'pobrezinhos' banqueiros?
O camelô de certo deve ter pensado o mesmo enquanto esperava em pé pela nova violência travestida de justiça.
O telefone vermelho toca... anunciando quem deve ser preso. Novamente o trabalhador. Isso sim é a Justiça da burguesia. Cega, mas coerente com a classe que representa e defende.
A sala da Justiça está fechada para os trabalhadores.
P.S. - Infelizmente, eu não estava com a câmara fotográfica.
Gislene Bosnich

sábado, 9 de agosto de 2008

Cobertura das Olimpíadas é show de ideologia e sarcasmo na Globo

Dois pesos e infinitas medidas para a injustiça...
Mas não nos esqueçamos das potencialidades humanas, que a abertura das Olimpíadas sinaliza

Infelizmente não pude assistir à abertura das Olimpíadas de Beijing (China 2008) porque estava lecionando no período da manhã (6h50min às 10h50min). Mas no início da tarde, com a chegada dos alunos do segundo período (10h55min às 2h55min.), pude saber os primeiros detalhes do espetáculo que os chineses deram.
Também nesse ponto é muito salutar conversar com os alunos, porque eles absorvem tudo o que ouvem e reproduzem sem saber que por trás daquela fala tão inocente estão carregadas tantas intenções mercantis.
Uma aluna da 7ª série chegou contando sobre a beleza da abertura com a marcação dos números em contagem regressiva e da história das invenções que a China compartilhou com o mundo; da pólvora - utilizada para os fogos de artifício, que se mantiveram durante toda abertura - ao papel. E de repente fez um comentário: "Mas os chineses não contaram sobre as guerras que participaram nem falaram sobre o Tibet nem mostraram o terror do "comunismo". Bom... eu não fiquei tão impressionada. Afinal, eu conheço a aluna há dois e acredito poder afirmar que até aquele momento o Tibet não fazia nenhum sentido na vida daquela garota nem as outras afirmações que ela tão prontamente reverberou.
Então, perguntei a ela: "Este seu comentário não é uma observação sua, é? Você ouviu isso na TV, não foi? " Ela respondeu afirmativamente. E eu continuei: "Vamos ver se eu adivinho onde foi que você ouviu! Foi na Globo e foi o Galvão Bueno quem disse isso". Ela disse: "Como você sabe, professora?". Algumas coisas podemos deduzir. Não estava assistindo, mas tinha uma certeza: Se alguma emissora poderia transmitir à abertura, esta emissora, sem dúvida, era a TV Globo. Como a maior parte das pessoas sintoniza a TV dos Marinhos automaticamente não tive muita chance de errar, mas quem poderia realizar a abertura. A figura pública que cobre os esportes. O Sr. Galvão Bueno, "o ás da análise histórica oficialíssima".
Ao longo do dia, ainda sem assistir à TV, fui ouvindo as pérolas deste senhor, contadas por outras pessoas que encontrava. Mas, antes, ainda quando estava na sala de aula, com a aluna da 7ª série, não pude deixar barato o comentário enigmático de Bueno, que de bueno não tem nada. Disse à aluna que nunca havia sabido de uma abertura de Olimpíada que mostrasse cenas de horror, morte e injustiça humanas. Disse que, pelo menos, em princípio, as Olimpíadas são um momento de paz entre os cinco continentes representandos na comunhão dos círculos. (Até a começar a aparecerem os dopings, mais um produto do capitalismo)
Aí perguntei a ela: Mas o Galvão Bueno não disse nada para o George Bush (Estados Unidos) e Gordon Brown (1º Ministro da Inglaterra) saírem do Afeganistão e do Iraque e seus solados pararem de matar civis e estuprar as mulheres? O Galvão Bueno não disse para o Bush liberar os presos de Guantânamo (Cuba)? O Galvão Bueno não disse para o Lula retirar as tropas brasileiras do Haiti onde os soldados matam outros civis, treinando para o que vão fazer nas favelas cariocas, conforme disse um dos homens da Minustah ("Força de Paz" da ONU chefiada pelo Brasil no Haiti)?

O Galvão Bueno quer a autonomia e soberania do Tibet. Nós também queremos. O Galvão Bueno reproduz apenas o que os Estados Unidos querem. Aí a democracia mostra sua face. Fale quem pode, escutamos nós que nem queremos. Essa é a democracia da elite.
A narração de Galvão Bueno é um exemplo prático da ideologia, o falseamento da realidade pela classe dominante. Galvão Bueno é um marionete improvisado na mão do grande capital.
Lembrei de perguntar para as outras pessoas que encontrei se o Bueno comentou o índice de alfabetização. Não, mas a Sônia Bridi o fez. Segundo informações que obtive, na China, o índice de crianças alfabetizadas chega a 98%.
A China tem muitos problemas. A começar pela superexploração capitalista dos trabalhadores, que sempre tenho comentado em sala de aula. Mas sobre isso o Galvão Bueno não emitiu nenhuma opinião. Tem a falta de liberdade de expressão? Tem. Mas não nos esqueçamos, que aqui, onde dizem reinar a liberdade democrática, os professores estaduais (Apeoesp) quando fazem manifestação são sempre escoltados por simpáticos militares a cavalos e a entidade foi multada umas tantas vezes porque a Justiça diz que não pode fazer passeata na Avenida Paulista. A nossa democracia não é impressionante? É verdade, a China tem ainda menos.
E os Estados Unidos que enfiaram um Presidente goela abaixo? Ou alguém esqueceu que a primeira eleição de George Bush foi um escândalo em relação à contagem de votos, recontagem, recontagem, paralisia, anúncio do vencedor Al Gore e, depois, do novo vencedor George Bush. Por favor, ...Escrevamos para perpetuar a chama da memória. A memória é revolucionária também.
Em tempo: Comunismo nunca existiu. Pressupõe, como mínimo, o fim do Estado, forma de opressão da classe dominante que se desenvolve no processo de constituição das classe socias, no início da Humanidade. O fim das fronteiras nacionais e a identificação do ser humano com o mundo e não com a pequena localidade onde nasceu. O fim absoluto da Propriedade privada, ou seja, todos tendo direito a tudo que a Humanidade cria. O controle da vida coletiva e individual nas mãos das próprias pessoas sem choque entre as duas esferas. O desenvolvimento de todas as potencialidade humanas.

Até mais
Gislene Bosnich

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

domingo, 20 de julho de 2008

A matança classe média da burguesia brasileira

(Vale a pena assistir ao vídeo: Classe média, crítica da elite paulistana, mas cabe muito bem à burguesia brasileira)

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que não cessa de se pronunciar favorável à bárbarie, reafirmou recentemente que se condói com as famílias que perderam pessoas via o genocídio do Estado, mas que a Polícia continuará agindo para liquidar o "crime". Esta declaração poder resumir bem o anseio da classe média e da alta burguesia brasileira e não apenas carioca ou paulistana; liquidar os trabalhadores que foram expurgados para os morros/favelas e que ou não conseguem sair de suas casas ou não conseguem retornar para elas após um dia de trabalho; quando desfrutam deste "privilégio" de trabalhar, nas palavras do humorista Luiz Inácio Lula da Silva. Poderiam muito bem ter a vida dura de um Cacciola ou de um Dantas, com perdão da ironia.
Enquanto isso, o próprio Cacciola - o ex-banqueiro amigo do FHC - chega ao Brasil, após oito anos de curtição na Itália, dizendo em alto e bom som: "Eu confio na justiça". Cacciola está certo, a Justiça foi feita para sua classe social. É por isso que ele confia nela. Daniel Dantas que tem as mãos sujas com os processos de privatização da era Fernando Henrique Cardoso tornou-se amigo também de Lula. A justiça é deles e é para eles que ela age quando, com as mãos militares, mata os trabalhadores. Talvez fosse o caso de deixar as cruzes fincadas na areia das praias cariocas para que a burguesia local se incomodasse por não poder mais tomar seu banho de mar e secar-se sob o Sol do Leblon, e pedisse a Sérgio Cabral para para o genocídio: Queremos tomar banho de mar!
Aos alunos, chamo a atenção para as aulas em que discutimos ideologia e a formação do Estado. Vale a pena recordar à qual classe social o Estado atende, desde sua existência e como o auxiliam Instituições como: a Justiça e o aparelho de repressão (Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana e o Exército, a Marinha e a Aeronáutica) que atendem perfeitamente aos desejos dos mandantes. Para nos convencer usam da Ideologia, esta falseta introduzida na consciência dos trabalhadores. Então, a Justiça parece neutra tanto quanto o Estado. Mas lembremos sempre: que só a senhora que 'roubou' um tablete de manteiga ficou presa seis meses em um presídio. Não foi nenhum Cacciola nem Dantas.

Até mais
Gislene Bosnich

quinta-feira, 10 de julho de 2008

A superexploração dos trabalhadores indianos... tão distante, tão próxima

(Veja os slides: Quando a superexploração engole a exploração)

Um expressivo exemplo de globalização e imperialismo conectados como nunca.
As máquinas seriam providenciais à situação dos trabalhadores. No entanto, não os fariam trabalhar menos. Fariam menos deles trabalharem. Em uma palavra: desemprego. Vejamos o nível da contradição. De um lado um ambiente de trabalho insalubre, ou seja, em deploráveis condições que atuam contra a saúde e a dignidade humanas. De outro, as máquinas da Schutz utilizadas pela CatWalk (passo de gato...leve, astuto) causariam de imediato a demissão destes trabalhadores. Qual a solução para esse nível de exploração? Reflitam.
Mas o que os trabalhadores indianos (chineses, e bolivianos nas oficinas dos coreanos do Bom Retiro, bairro central de São Paulo)passam hoje é o futuro de toda a classe trabalhadora; caso não lutemos, que é nossa única saída. Esse é na verdade o sonho da burguesia. Isto são as flexibilizações da legislação trabalhista. Se hoje, parte da classe trabalhadora brasileira adoece, vítima de doenças adquiridas no trabalho como: síndromes do pânico, baurnet, ler, depressão, entre outras listadas inclusive pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o que dizer se a situação for mais flexível?
Neste contexto, a Schutz parece mesmo uma promessa de vida melhor. É a burguesia civilizada desgostosa por encontrar sua rival ainda mais gananciosa.
O que acontece na Índia está bem próximo de nossos padrões. Os trabalhadores rurais brasileiros até hoje são superexplorados e as máquinas não são utilizadas na quantidade necessária, porque a mão-de-obra é tão barata que é o fazendeiro (capitalista do agronegócio) prefere dispor de muitos cortando cana-de-açúcar, ou outra cultura qualquer, a investir em máquinas. Isto porque a maior parte deste trabalhadores não possui direitos trabalhistas garantidos e demoram a comprovar quanto tempo trabalharam já que não possuem carteira de trabalho.
Como se vê a classe trabalhadora vive a mesma situação onde quer que esteja. Por isso, quando se menciona o internacionalismo, menciona-se esta necessidade da classe trabalhadora se juntar mundialmente numa única luta contra seus exploradores.

Até mais
Gislene Bosnich

terça-feira, 17 de junho de 2008

Agradecimentos e encorajamentos

Quero em primeiro lugar agradecer aos comentários que recebi no blog. Tanto o da professora do laboratório de informática, Gislaine Munhoz quanto dos alunos, principalmente da 7ªC. Alunos para os quais eu não leciono.
Muito destes alunos enviaram comentários sobre o artigo a respeito das células-troncos. Alguns foram publicados e outros, não. Os que não tiveram seus comentários devem estar se perguntando o por quê? Houve até um aluno que se manifestou contrário ao estudo das células-troncos, mas não disse o motivo por ser contrário.
É importante esclarecer que os comentários que não foram publicados possuem muitos erros de ortografia, e - ao contrário de muita conversa que se escuta por aí - é muito importante escrever corretamente e ser compreendido. (Este é um assunto polêmico que no momento não vou comentar para além desta frase). Então, sugiro aos alunos que reenviem seus comentários procurandos rever palavras, como: mexer, que foram grafadas como: mecher.
Sempre que possível haverá uma postagem com uma tema que está sendo discutido pela sociedade. Poderia ficar o dia todo escrevendo no blog, mas não disponho deste tempo. Por isso, às vezes, haverá demora entre uma postagem e outra. O importante é participar e discutir com os amigos os temas das postagem e outros que você e o seu grupo de amigos julgar importante. Neste sentido, a participação não será restrita a comentários de artigos escritos por mim. Podemos abrir espaço para artigos de alunos e também para sugestões de temas enviadas por aluno. A idéia é que o blog seja um canal de transformações das consciências e das práticas dos jovens.
Até mais
Gislene Bosnich

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Quando a ciência vence a ignorância e a má-fé

As células-troncos são antes de mais nada: VIDA. Esta é a verdade dos fatos.

O Supremo Tribunal Federal (STF) vota permissão para pesquisas com célula-tronco. Ainda que com placar apertado, é a vitória da ciência sobre a ignorância e a má-fe. {O Supremo Tribunal Federal ser o porta-voz desta ampla oportunidade que se abre para a vida também deveria ser foco do debate. No entanto, não o é, porque há outras hipocrisias a se vencer}. A partir de agora, milhares de pessoas poderão voltar a ter dignidade em suas vidas com o progresso das pesquisas com célula-tronco. A Igreja, principal inimiga das pesquisas, justifica sua posição com a sempre questionável e vaga idéia de defesa da vida humana. (A mesma defesa que é contra o aborto apenas para as mulheres trabalhadoras, pois, as burguesas o fazem nas boas clínicas particulares) O argumento vale para a toda a Humanidade mas não vale para os grandes pontífices e pastores que, quando em perigo, fazem uso das técnicas mais avançadas da medicina, às quais apenas um clube seleto de pessoas na face da Terra tem direito, e não somos nós trabalhadores - rara exceção, mas sim a burguesia e o seu clero.
Os incrédulos da ciência deveriam também renegar a tecnologia da qual fazem amplo uso. Por que, então, não defendem que: O avião deveria ser destruído pois serve para atingir inúmeras cidades repletas de vida quando despeja bombas de qualquer tipo sobre as cabeças indefesas. Também deveríamos banir a TV que exorbita nas imagens inúteis da demonstração de violência, impregnando toda a sociedade com a ideologia da brutalidade e do consumismo. Um filme que vale a pena assistir, a propósito, é o espanhol Tesis (No Brasil, com o título de: Morte ao vivo de Alejandro Amenabar).
Acabar com os navios pois deram margens aos submarinos que acabaram sendo utilizados para destruir vidas em outros navios e submarinos.
A lista é imensa e poderíamos prosseguir também pela indústria farmacêutica e alimentícia (falemos dos transgênicos, aparentemente esquecidos, uma contradição em época de também aparente escassez de alimentos) com sua incontáveis pérolas, mas a explicação parece suficiente.
Apenas aqui, há milhares e talvez milhões de pessoas que possam ser beneficiadas com a possibilidade das pesquisas avançarem. E se avançarem poderemos relacionar avanços dos pesquisadores daqui com os do exterior.
Há muito, a Igreja nem deveria se meter em assuntos de Estado. O Estado é laico. E não deve satisfação à Igreja. Nos libertamos da Idade Média - para o bem e para o mal. Somos livres, mesmo que somente para vender nossa força de trabalho, e querer que a Humanidade avance ainda que de maneira desigual.
O que estes senhores falsos defensores da vida não dizem uma palavra é sobre o que produz uma boa parte dos problemas que a pesquisa com as células-tronco pode ajudar a resolver. Nada dizem contra o modo de produção capitalista. Nada dizem contra a exploração. Nada dizem contra a política de George Bush. Ao contário, conferem-lhe legitimidade.
Talvez no Brasil, nós ainda tenhamos que viver a nossa Idade Moderna. Que sorte se ela estiver começando... será o nosso Renascimento.

Abraços

Gislene Bosnich

Festa do Imigrante é um dos bons momentos para entender o Brasil e a formação de São Paulo



Veja texto de divulgação da Festa
Fonte: Assessoria de Imprensa Memorial do Imigrante

Memorial do Imigrante realiza em 08 e 15 de junho a XIII Festa do Imigrante

Tradicional festa reunirá em dois domingos mais de 30 nacionalidades de imigrantes.

O Memorial do Imigrante, da Secretaria de Estado da Cultura, realiza, nos dias 08 e 15 de junho, a XIII Festa do Imigrante. O tradicional evento tem por objetivo divulgar as manifestações culturais dos povos imigrantes que chegaram a São Paulo a partir do fim do século XIX e ajudaram a construir a megalópole paulista e o estado de São Paulo.

Realizada nas dependências do antigo Museu da Imigração, a festa resgata um pouco da história dos mais de 2,5 milhões de imigrantes que passaram pelo prédio da hospedaria, que completa 120 anos neste biênio 2007/2008.
Além das exposições permanentes e itinerantes, o visitante terá a oportunidade de conhecer e até voltar às origens com as apresentações de danças e músicas folclóricas e apreciar comidas típicas nas mais de 25 barracas montadas ao longo do Memorial. Para quem preferir levar para casa uma lembrança da terra de origem, também haverá Feira de Artesanato trazida pelas próprias comunidades de imigrantes. Ao todo, serão mais de 30 nacionalidades e etnias participantes.

Entre as várias apresentações, estarão no palco, montado no jardim do Memorial, grupos de imigrantes e descendentes búlgaros, portugueses, lituanos, russos, japoneses, italianos, irlandeses, libaneses, indianos, chineses, espanhóis, africanos e ucranianos, entre outros.

Já entre as especiarias culinárias a serem apreciadas estão: o strudel doce ou salgado e beigli, da Hungria; o sambusa (pastel folhado a quatro queijos) e quiche de alho poró, de Israel; a Chopska salada (porção) e Bamitza (torta salgada), da Bulgária; o alemão Eissbein dianteiro (joelho de porco) servido com molho páprica e a cuca salgada de ricota e salame; e também a Carapulcra (batata desidratada temperada com frango) prato muito apreciado no Peru.

A XIII Festa do Imigrante possibilita ao visitante o contato direto com essas diferentes manifestações que compõem o universo cultural e gastronômico da cidade e do estado paulista.

SERVIÇO:
XIII Festa do Imigrante
Programação, veja em notícias no site.
Dias: 08/06 e 15/06, domingo, das 10h às 17h.
Apresentações de danças folclóricas, barracas com comidas típicas e Feira de Artesanato.

MEMORIAL DO IMIGRANTE
Rua Visconde de Parnaíba, 1.316, Mooca, perto do Metrô Bresser.
Tel.: (11) 2692.1866
Abre de terça a domingo, das 10h às 17h, inclusive feriados.
Ingressos: R$ 4,00 e ½ entrada para estudantes
Grátis no último sábado do mês e para maiores de 60 e menores de 7 anos
Site: www.memorialdoimigrante.sp.gov.br

domingo, 18 de maio de 2008

Sobre cotas, racismo, 13 de maio e outras injustiças


Parece incrível como avançamos pouco no combate ao racismo no Brasil. As estatísticas dão conta do preconceito contra negros e negras, seja pelo número de mortes, seja pela pobreza, na educação, no acesso a cultura e ao lazer, no trabalho, mas sobre estes dados são poucos os que se insurgem. São poucos os que saem todos os dias a dizer que nada fizemos desde a formalidade do fim da escravidão com a assinatura da princesa em função da pressão dos ingleses. Aliás, este fato também parece estar sumindo dos artigos sobre o oportunismo da princesa. Tudo está sendo jogado por baixo do tapete. A dívida social se alarga, embora a imprensa tente nos provar o oposto, que estamos cada vez mais civilizados.
Outros crimes conta setores da Humanidade são coroados ao pódium de protegidos contra o esquecimento e outros jogados no limbo, no quarto ao lado da amnésia. Não devemos esquecer nenhum deles. É preciso mesmo jogar luz, mas sem alterar o foco.
Ninguém esquece o Holocausto. Mas é bom que se lembre que não foram somente judeus os chacinados; também comunistas, também negros, também homossexuais, também pessoas com deficiência mental e física.
Mas ninguém esquece o Holocausto. A morte da maioria branca. Embora se esqueçam do número de soldados russos que combateram Hitler, na guerra particular entre Stalin e o III Reich. Cerca de 28 milhões de russos morreram para impedir que as tropas nazistas completassem seu ultimatum ao mundo. Mas como a Humanidade Hegemônica também não se importava com as pessoas dos países ditos comunistas, também não se faz esta conta dos mortos. Ou seja, em geral, lembram-se dos brancos mortos, mas não de quaisquer brancos.
Vejamos que sentido isto possui quando discutimos o racismo no Brasil. Do início do século XVI até o final do XIX, quatrocentos anos de escravidão parecem desaparecer para debaixo do tapete quando as cotas são atacadas. O senso comum se insurge e parcela dos ditos intelectuais profetizam tragédias para quem atacar o Estado de Direito, da igualdade, da legitimidade.. As cotas não encerram de maneira alguma o problema, principalmente porque não há uma estrutura completa de assistência. As vagas deveriam ser garantidas nas universidades públicas para todos os filhos dos trabalhadores, e os próprios trabalhadores; universidades que deveriam ter mais verbas. Ao contrário, o governo federal cada vez mais estende verba às particulares, e quando inaugura novas federais, o processo de seleção dos profissionais e a ausência de um plano de carreira beiram quase à terceirização.
Caetano Veloso escreve, em parceria com Gilberto Gil, Haiti, mas agora faz coro com os ditos intelectuais que se pronunciam contras as cotas, porque elas expressam, segundo os próprios, um ataque ao Estado de Direito. Que Estado de Direito? O Estado de Direito dos ricos está mantido. O discurso republicano é anedótico.

...Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se os olhos do mundo inteiro...
(letra completa no final com opção de áudio)

Caetano Veloso e a elite contrária às cotas querem denunciar, denunciar, mas não querem exigências. Nem para FHC, nem para Lula nem muito menos para o Estado de Direito do qual são fiéis escudeiros e representantes. Fazem discurso de que cotas representam o racismo invertido. A Doutora Antropóloga Yvonne Maggie da Universidade Federal do Rio de Janeiro, hoje no Estadão (18/5 - Caderno: Aliás), diz que não pode haver discriminação positiva. Utiliza exemplos que não nos cabem. Nenhum outro país teve 400 anos de escravidão. Nenhum outro país tem a diferença salarial e discriminação no recrutamento para o emprego, que não pára na etnia, mas principalmente começa por ela.
O Estado de Direito é deles, deles e de quem tem verba, dinheiro, grana, pouco importa o nome, pois, aí não importa nada.
Quando os dois compositores escreveram Haiti, Gilberto Gil não era Ministro da Cultura de Lula e Caetano Veloso não tinha ainda atingido o ápice da insensibilidade que se confunde com despolitização. Lula não era Presidente. E não tinha enviado tropas brasileiras para matar haitianos. É a dinâmica da vida.
E a burguesia brasileira, cada vez mais inconsistente. Sem vergonha na cara. Sem projeto. Pronta para sumir com uma pastinha de dólares, como escreveu outro compositor (Cazuza). Se arrogar o direito sobre o Estado de Direito que já é seu.
Eis que ainda há outro problema: A justiça pende, pende e quebra... para o lado dos trabalhadores. Saiu durante a semana passada no jornal Folha de São paulo, uma pequenina nota sobre um garoto de três anos que foi jogado da janela na Cidade Tirandentes, zona Leste de São Paulo. Uma parca notinha, enquanto a primeira página do Caderno Cidades continuava ocupada pelo caso Nardoni. Colocar a notinha é importante para que se perceba que o Estado de Direito existe nos mesmos lugares e para as mesmas pessoas que o trouxeram para cá.
A Justiça julga rápido quanto lhe convém, porque o crime físico provoca comoção, mas e o crime aparentemente imaterial, dos desvios das verbas públicas para saúde, educação, cultura, lazer? E as falcatruas dos não depósitos de INSS de empresas de prestação de serviços, como a Telefônica, ou, quem sabe, alguma cervejaria? Desviar dinheiro é crime, que leva outros milhares ao submundo. Pagar a dívida externa e aumentar os valores dos alimentos é crime. Desmatar a Amazônia é crime. Se Marina saiu... aguardemos o que virá... Ela se curvou e ainda assim quiseram que ficasse de joelhos, depois de cócoras... Eles não dão trégua. Eles têm tempo. Essa elite é mesmo uma piada de mau gosto, mas que temos de enfrentar.

Gislene Bosnich

Haiti
Caetano Veloso
Composição: Caetano Veloso e Gilberto Gil

Para escutar a canção gratuitamente: http://musica.busca.uol.com.br/radio/index.php?ad=on&ref=Musica&busca=Haiti¶m1=homebusca&q=Haiti&check=musica


Quando você for convidado pra subir no adro
Da fundação casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos e outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se os olhos do mundo inteiro
Possam estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque um batuque
Com a pureza de meninos uniformizados de escola secundária
Em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada:
Nem o traço do sobrado
Nem a lente do fantástico,
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém, ninguém é cidadão
Se você for a festa do pelô, e se você não for
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui
E na TV se você vir um deputado em pânico mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo, qualquer, qualquer
Plano de educação que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
Do ensino do primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua sobre um saco
Brilhante de lixo do Leblon
E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
Diante da chacina
111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui

domingo, 11 de maio de 2008

Por que não estender o gesto à Humanidade?






Dessas milhares de mensagens que chegam ao nosso e-mail, algumas saem dos estereótipos de salvação ou piegas auto-ajudas. Cenas bobas e pequenas, mas que ainda mostram um ser humano que anda perdido, precisando ser resgatado. Em tempos de intensa brutalidade, valem algo...bom.
Não observe apenas o salvamento do cachorro, mas a confiança e a cumplicidade entre os amigos. É esse o gesto primordial.

Infelizmente, as imagens não possuem autoria.

Abraços
Gislene Bosnich

sábado, 10 de maio de 2008

Descobrindo as possibilidades dos links

O blog Contra a barbárie possui vários links para pesquisa que podem e devem ser consultados. Por exemplo, o site Casa das Áfricas traz uma biblioteca on line muito boa com textos que remontam à Pre-História da África e ao desenvolvimento dos primeiros hominídeos. Um destes textos é exatamente sobre a Hominização, aspectos gerais de autoria de Yves Coppens. Mas há muitos outros textos extremamente interessantes. Também há efeitos sonoros ao se acessar o mapa do continente africano e clicando em cada um dos 53 países, além dos territórios, pode-se obter rapidamente as características físicas, políticas e culturais e os povos que formaram aquele país com a imposição do Imperialismo, principalmente, a partir do final do século XIX.
Quanto aos links culturais, o Conjunto Cultural da Caixa é um espaço público com espetáculos gratuitos de primeira linha. O acesso é bastante fácil. Basta descer no metrô Sé.
A maior parte dos sites possui um serviço de cadastro de e-mail que possibilita receber a programação do espaço cultural sem necessariamente precisar acessar a página eletrônica.
Basta vasculhar!!!
Boa leitura

Gislene Bosnich

quinta-feira, 1 de maio de 2008

1º de maio. De luta


Caro aluno (a),

O 1º de maio da Praça da Sé não teve distribuição de brindes, sorteios de carros e apartamentos nem tampouco show com duplas, trios ou cantores renomados e bem pagos pelas centrais pró-governo. O 1º de maio da Praça da Sé, que reuniu aproximadamente duas mil pessoas, foi para lembrar as propostas do governo Lula, que retiram direitos dos trabalhadores. Para lembrar dos trabalhadores em luta em todo o país e em todo mundo. Para denunciar que enquanto aqui trabalhadores podem novamente estar nas ruas, no Haiti, onde estão as tropas e os soldados enviados por Lula, os ativistas e lutadores foram impedidos de se manifestar. É o governo Lula agindo em nome dos interesses imperialistas de George Bush.
Para lembrar que enquanto a cesta básica sobe, os salários se arrocham. E lembrar que o que sobe mesmo é o lucro dos banqueiros. Recordes seguidos de recordes.
Para exigir que o governo Lula acabe com o fator previdenciário, que faz com que mais e mais pessoas trabalhem até bem próximo da morte. Para denunciar todas as reformas realizadas e as pretendidas pelo governo Lula que só favorecem a classe dominante.
O 1º de maio é para organizar os trabalhadores no caminho das lutas.
Para quem ainda não conhece, vale a pena pesquisar as origens da data.

Gislene Bosnich

Confira mais fotos, clique aqui:

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Parabéns, você chegou até aqui

Caro aluno,

Se você chegou até aqui significa que consegui entender sua letra e inseri corretamente seu e-mail. Significa também que sua caixa postal não está cheia. Portanto, já são dois obstáculos vencidos. São os mais fáceis também. Curta!!! Dê sugestões. Não seja econômico (a).
Se você souber de algum aluno da sala que não tenha recebido o e-mail entre em contato com ele e lhe reenvie o e-mail que você recebeu.
É isso, por enquanto!. Vamos sair deste tédio, desta apatia. O conhecimento é dinâmico e a nossa vida pode ser transformada a partir dele.
P.S. - Amanhã haverá fotos do 1º de maio. De luta.
Até mais.
Beijos
Gislene Bosnich

Contra a barbárie

Público-alvo: adolescentes
Motivar, impulsionar, levar à reflexão, levar à transformação consciente, coletivo sem anular o indivíduo.
O blog está disposto da seguinte maneira. Na coluna à esquerda estão disponíveis textos gerais, alinhados por série.
Também há slides de fotos de espaços culturais registradas por mim e sites sobre educação e saúde.
Já na coluna central estão as postagens. Postagens são mensagens que escrevo e envio sobre algum assunto atual e não necessariamente relacionado ao que estamos estudando. Todas as postagens podem ser comentadas, basta clicar em comentários. Aí você escreve sua opinião.
As postagens antigas estão alinhadas na coluna da esquerda. Por exemplo, o blog começou dia 30 de abril de 2008. Basta ir até arquivo do blog e procurar o mês e a data.
Voltando... na coluna central também há vários links que informam sobre possibilidade de consulta para estudo. São sites idôneos de entidades, em geral, públicas ou reconhecidas pela seriedade. Também há outro conjunto de links que agrupam espaço culturais.
Para os professores, o site dispõe de um link (sala dos professores) com textos sobre educação veiculados na mídia eletrônica, e também um canal de contato; o e-mail: contraabarbarie@gmail.com

Gislene Bosnich

Joe Sacco: o quadrinista com veia de historiador

(Restrito aos estudantes da EMEF Jackson de Figueiredo. Qual a programação de TV a que você assiste? (clique em apenas uma alternativa)

Simpsons - Bart e o Transtorno do Déficit de Atenção

Enquanto é possível... aproveite a vida.

A verdadeira história da bulímina e da anorexia

Gruipe Suína - Animação instrutiva

Melhores imagens (Destinado aos alunos)

Se você gosta de fotografar a cidade de São Paulo, envie sua foto para contraabarbarie@gmail.com ; ela pode figurar no blog.
Não valem imagens de pessoas com close no rosto. Mas se for multidão, tudo bem. A idéia é divulgar a cidade e uma forma diferenciada de enxergá-la. Procure inovar os ângulos de ver São Paulo.
Participe!
Gislene Bosnich

Concurso para os alunos

Concurso para os alunos
Qual o nome desta famosa praça? E qual famoso episódio teve início nela? (envie um e-mail contendo a resposta para contraabarbarie@blogspot.com)

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O Analfabeto Político - Bertolt Brecht

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, a criança abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.
Nada é impossível de Mudar. Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar.
Privatizado. Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar. É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu salário. E agora não contente querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence.

Uma chance à Humanidade

Ser trabalhador nunca foi fácil. Ser mulher trabalhadora então ainda é mais complicado.
Este blog é uma maneira de não desistir de procurar formar trabalhadores críticos e que vão buscar transformar este mundo numa sociedade sem classes, sem exploração em que cada ser humano possa desempenhar o que desejar sem que isso signifique um crime.
Gislene Bosnich