A tirania da privatização mostra novamente seu tentáculo. O governo vai instituir a tarifa diferenciada para regozijar seus comparsas. Quem tomar banho de madrugada será beneficiado. Longe de ser anedota, aquilo que há tempo rege a telefonia agora também será aplicado à luz elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEE) quer viabilizar já para 2013 a tarifa diferenciada. Se o indivíduo tomar banho entre às 18h e às 21h será punido ou praticamente isso. Então, quem vai pagar a tarifa integral, a maioria do povo. Trabalhadores liberais – e me incluo nesse filão – e burgueses de plantão poderão escolher horários alternativos, mas e o camarada que chega em casa exausto após a aventura da “condução” cheirando a dedetização de quinta categoria?
Algumas perguntas soam o gongo da luta livre. Se o trabalhador vai na prática pagar a tarifa integral, a mais cara, por que durante o horário de verão - em que tanto se diz economizar - não há desconto na conta das residências para as cidades que vivem o dito cujo? Afinal de contas, o governo tachativamente altera o horário e manda o biorritmo coletivo ao beleleu e este mesmo sujeito que demora um mês, na média, para se adaptar não vê muita compensação a não ser poder ver o por do Sol sentado no seu sofá comprado a crediário. Isso sem contar o valor da conta de luz; uma das mais altas do mundo com todo esse recurso enérgico disponível; refiro-me ao já existente e não o que se almeja atingir com a destruição de regiões ricas em biodiversidade, justamente o último mote para a conquista do cliente: a preocupação ambiental.
Se Glauber Rocha estivesse vivo isso bem que poderia ser tema de um filme: A estapafúrdia conta de luz, o guerreiro da ANEE contra os pobres e o flagelo do horário de verão.
Algumas perguntas soam o gongo da luta livre. Se o trabalhador vai na prática pagar a tarifa integral, a mais cara, por que durante o horário de verão - em que tanto se diz economizar - não há desconto na conta das residências para as cidades que vivem o dito cujo? Afinal de contas, o governo tachativamente altera o horário e manda o biorritmo coletivo ao beleleu e este mesmo sujeito que demora um mês, na média, para se adaptar não vê muita compensação a não ser poder ver o por do Sol sentado no seu sofá comprado a crediário. Isso sem contar o valor da conta de luz; uma das mais altas do mundo com todo esse recurso enérgico disponível; refiro-me ao já existente e não o que se almeja atingir com a destruição de regiões ricas em biodiversidade, justamente o último mote para a conquista do cliente: a preocupação ambiental.
Se Glauber Rocha estivesse vivo isso bem que poderia ser tema de um filme: A estapafúrdia conta de luz, o guerreiro da ANEE contra os pobres e o flagelo do horário de verão.